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Josiane Codental

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Doenças odontológicas

Xerostomia: tudo que você precisa saber!

Xerostomia

A xerostomia é uma condição relativamente comum, associada a baixa produção de saliva pelas glândulas salivares, podendo impactar significativamente a qualidade de vida dos pacientes.

É um sintoma derivado de várias condições médicas, podendo, também, surgir devido a efeito adverso de medicamentos. Todavia, a sensação de boca seca é um dos principais sintomas, resultando em desconforto ao falar, mastigar ou engolir.

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Portanto, vários fatores podem causar essa condição, variando sua terapêutica conforme a causa.

Confira nosso artigo e descubra tudo sobre xerostomia!

O que é Xerostomia (boca seca)?

A xerostomia, popularmente conhecida como boca seca, é uma condição decorrente da redução de produção de saliva das glândulas salivares, sendo denominada clinicamente como hipossalivação ou hipossialia.

Todavia, é uma condição que pode se manifestar de maneira crônica ou aguda, podendo ser temporária se derivada de ingestão insuficiente de líquidos ou hábito de dormir com a boca aberta, por exemplo. Portanto, a xerostomia pode ocorrer de forma mais intensa durante a noite, conhecida como xerostomia noturna.

Entretanto, caso se apresente de maneira crônica, a xerostomia pode se tornar uma condição muito incomoda para os pacientes. Além disso, pode resultar em dificuldade de deglutição, fala e sensação inquietante de boca seca. Ainda, a xerostomia pode causar ronco, afetando a qualidade do sono.

A hipossialia é uma condição muito comum em pacientes em tratamentos medicamentosos para pressão alta, depressão e diabete, além de doenças como o Mal de Alzheimer, Síndrome de Sjögren, cirrose e doença de Addison.

Xerostomia: causas e produção de saliva

A xerostomia pode ser consequência de diversos fatores, dentre eles:

Efeitos adversos de medicamentos e tratamentos oncológicos;

  • Respiração bucal;
  • Herpes;
  • Sialolitiase ou sialodenite;
  • Doença pé-mão-boca;
  • Neoplasias em boca ou glândula salivar;
  • Próteses dentárias;
  • Doenças periodontais;
  • Síndrome de Sjogren;
  • Artrite reumatóide;
  • Lúpus;
  • Artrite juvenil;
  • Sarcoidose;
  • Granulomatose de Wegener;
  • Cirrose Biliar;
  • Hipotiroidismo;
  • Hipertiroidismo;
  • Diabetes Mellitus tipo 1 ou 2;
  • Desidratação;
  • Doença renal crônica;
  • Anemia;
  • Bulimia;
  • Abuso de álcool;
  • Depressão e/ou ansiedade;
  • Parkinson.

A manutenção de uma boa higiene bucal e higiene oral é crucial para prevenir complicações da xerostomia, como cáries e infecções, por meio de práticas regulares de escovação, uso de fio dental e enxaguatórios.

Além disso, é importante se atentar para pacientes idosos, pois esses possuem maior propensão ao desenvolvimento de xerostomia.

Xerostomia sintomas

Os sintomas presentes nessa condição envolvem dificuldade para engolir, lábios secos e frequentemente rachados, sensação de dor e ardência na língua, geralmente resultando em vermelhidão e fissuras, aumento de suscetibilidade a cáries dentárias, presença de saburra, mau hálito, irritação na garganta, dificuldade para falar e deglutir. Sendo assim, é importante destacar a importância do uso de fio dental para prevenir cáries e manter a saúde bucal em pacientes com xerostomia.

Portanto, é importante analisar o quadro do paciente no momento de instalação da condição, verificando as características temporais, os fatores desencadeadores, incluindo os aspectos momentâneos ou psicogênicos. Entretanto, é muito importante verificar a hidratação do paciente, hábitos de sono, uso de drogas ilícitas e medicamentos.

Ademais, na presença dos sinais indicadores de xerostomia deve-se questionar sobre a presença de condições associadas a hipossialia como síndrome de Sjögren, história de radioterapia, traumatismo de cabeça e pescoço e diagnóstico ou presença de fatores de risco de infecção por HIV.

Xerostomia consequências para as glândulas salivares

O desenvolvimento de xerostomia pode desencadear vários problemas, dentre eles:

  • Desenvolvimento de cárie;
  • Candidíase;
  • Doenças gengivais;
  • Infecção nas glândulas salivares;
  • Feridas na língua, lábios e boca.

A importância da higiene bucal e higiene oral é fundamental na prevenção dessas condições, incluindo escovação dos dentes, uso de fio dental e enxaguatórios regularmente, além de evitar alimentos e bebidas que possam agravar os sintomas.

Portanto, caso o paciente seja diagnosticado com hipossalivação deve-se verificar qual o melhor tratamento para sua condição, evitando o desenvolvimento de condições associadas a esse problema.

Lista de medicamentos que causam xerostomia

Dentre os medicamentos que causam a hipossalivação estão:

Os anticolinérgicos como:

  • Antidepressivos tricíclicos (Amitriptilina, Imipramina);
  • Inibidores seletivos da recaptação da serotonina (Citalopram, Escitalopram, Fluoxetina, Sertralina);
  • Antipsicóticos (Olanzapina, Clozapina, Haloperidol, Quetiapina, Risperidona);
  • Anti-histamínicos (Cetirizina, Loratadina);
  • Broncodilatadores (Ipratóprio);
  • Corticoides inalatórios (Budesonida);
  • Medicamentos urológicos (Citrato de potássio, Dutasterida, Tansulosina, Oxibutinina);
  • Escopolamina.

E as drogas simpaticomiméticas:

  • Supressores de apetite;
  • Bupropiona;
  • Broncodilatadores beta2 agonistas;
  • Relaxantes musculares;
  • Benzodiazepinicos (Diazepam, Lorazepam);
  • Anti-hipertensivos (Atenolol, Metoprolol, Diltiazem, Verapamil, Nifedipina);
  • Diuréticos (Furosemida, Hidroclorotiazida);
  • Drogas citotóxicas (5-fluorouracil);
  • Terapia antirretroviral;
  • Opioides (Codeína, Tramadol, Morfina).

Além disso, tratamentos oncológicos como radiação de cabeça e pescoço, quimioterapia e tabaco podem causar xerostomia.

Tratamentos para Xerostomia

É importante antes de iniciar o tratamento entender a causa da xerostomia, já que os tratamentos variam em função destes.

Entretanto, a higiene bucal e oral é fundamental como parte das recomendações de tratamento para xerostomia, incluindo escovação dos dentes, uso de fio dental e enxaguatórios com regularidade. Todavia, recomendações como manter-se sempre hidratado e evitar o consumo de álcool ou cafeína é necessário em todos os casos.

Em casos de lábios muito ressecados recomenda-se a utilização de lubrificantes a base de vaselina ou hidratantes labiais. Ainda, deve-se orientar o paciente a consumir alimentos moles, úmidos e pouco condimentados durante as refeições.

No caso de o paciente apresentar alguma infecção fúngica, é necessário indicar bochechos com antifúngicos ou orientar a busca de orientação médica em casos mais avançados.

Ainda, em casos que a xerostomia é devido uso de medicamentos, deve-se identificá-lo e orientar o paciente a procurar o profissional responsável e solicitar a troca da droga.

Alternativas como utilização de goma de mascar sem açúcar, estimulação química através da pilocarpina 5mg, com uso a cada 6 horas por pelo menos 3 meses e acupuntura, podem ser recomendadas.

Por fim, deve-se orientar o paciente sobre a importância da boa higienização bucal, e em alguns casos, recomendar o uso de saliva artificial.

Xeroftalmia e xerostomia na síndrome de Sjögren

Alguns pacientes costumam confundir o termo xeroftalmia e xerostomia, sendo a xeroftalmia a sensação de olhos secos. Entretanto, essas condições podem estar associadas, podendo ser sinal de poluição, diabete, cansaço, exposição excessiva a ambiente com ar refrigerando, dentre outras condições.

Portanto, deve-se sempre se atentar aos sintomas relatos para o paciente, visando um diagnóstico preciso e evolução adequada da condição ao decorrer do tratamento.

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