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Josiane Codental

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Doenças odontológicas

Sapinho na boca: causas, sintomas e muito mais

Sapinho na boca

Diversos mitos e receitas caseiras envolvem o sapinho na boca. Este, é uma infecção oral que acomete bastante crianças e bebês, mas pode acometer a qualquer um causando bastante desconforto. 

Este artigo pretende sanar todas as dúvidas que cercam esse tema e esclarecer sobre suas causas, tratamentos, sintomas, prevenções e muito mais. 

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O que é sapinho na boca? 

Sapinho é uma termologia popular para referir a Candidíase Oral, uma infecção causada quando o fungo Candida Albicans se multiplica em toda boca ou na garganta.

O Candida Albicans é um fungo encontrado naturalmente no corpo humano e já habita juntamente com outros microrganismos e bactérias partes como boca, trato gastrointestinal e vagina, sem causar problemas. Entretanto, o que causa o sapinho é sua multiplicação desordenada na boca devido a uma série de fatores, como: sistema imunológico enfraquecido, higiene inadequada, etc. 

Sapinho na boca de bebê:

Sapinho na boca

A candidíase oral pode afetar qualquer um, principalmente aqueles que estão com sistema imunológico enfraquecido. Entretanto, é uma infecção muito comum em crianças e em bebês devido ao sistema imunológico ainda em desenvolvimento e alguns hábitos dessa faixa etária. 

Alguns pontos relevantes dessa faixa etária para o desenvolvimento do sapinho na boca, incluem:

Sistema imunológico ainda em desenvolvimento:

Apesar do sistema imunológico do bebê começar a se desenvolver desde o nascimento, levam alguns meses para amadurecer completamente. Sendo assim, o sistema imunológicos dos bebês ainda é imaturo e mais limitado para proteger contra microrganismos e fungos.

Uso de antibióticos:

Ainda por conta do sistema imunológico, o uso de antibióticos em bebês é comum para tratar das infecções bacterianas. 

Entretanto, um dos malefícios da utilização dos antibióticos é que eles não eliminam somente as bactérias patogênicas, mas eliminam também bactérias benéficas na boca, tornando um ambiente propenso para o crescimento descontrolado do fundo Candida. 

Uso prolongado de chupetas, mamadeiras ou bicos de silicone: 

O uso prolongado de chupetas e mamadeiras pode favorecer o desenvolvimento da candidíase oral, uma vez que esses itens podem abrigar o fungo.

Desafios na higiene bucal:

A higiene bucal em bebês pode ser mais desafiadora, especialmente nos primeiros meses de vida, quando a limpeza da boca após as mamadas pode ser negligenciada. Isso torna a boca dos bebês um ambiente mais propenso para a multiplicação do fungo.

Principais sintomas da candidíase oral: 

O sapinho na boca pode ser confundido com outras alterações na mucosa oral, principalmente aquelas que causam manchas brancas na boca. Por isso, é importante saber detectar os principais sintomas desta infecção para escolha do tratamento adequado. 

Alguns sintomas característicos do sapinho na boca, são:

  • Manchas brancas ou amareladas: Um dos sinais mais característicos da candidíase oral são as manchas brancas ou amareladas que se desenvolvem na boca, língua, gengivas ou garganta.
  • Dor ou desconforto: O bebê ou a pessoa afetada pode apresentar irritabilidade, choro ou dificuldade em mamar ou se alimentar, pois a infecção pode causar dor ou desconforto ao comer e beber.
  • Dificuldade para se alimentar: O desconforto na boca pode levar o bebê a recusar o peito ou a mamadeira, ou a pessoa afetada pode ter dificuldade em comer alimentos sólidos, ou beber líquidos.
  • Gengivas vermelhas e inchadas: Em casos mais graves, a candidíase oral pode causar vermelhidão e inchaço nas gengivas.
  • Sangramento leve: Em algumas situações, ocorre sangramento leve quando removem as manchas brancas ou se as áreas afetadas estiverem irritadas.

O sapinho na boca é contagioso?

Sim, a candidíase oral é contagiosa. A infecção pode ser transmitida de uma pessoa para outra por meio do contato direto ou indireto com a saliva, ou com objetos contaminados. Dito isso, é importante que a pessoa contaminada procure tratamento e tome alguns cuidados para não transmitir a infecção para pessoas próximas. 

Algumas orientações são importantes, como:

  • Não compartilhar objetos pessoais que tenham contato direto com a boca.
  • Lavar bem as mãos antes de tocar na boca ou de cuidar da higiene bucal.
  • Limpar regularmente os objetos que o bebê coloca na boca, como brinquedos e chupetas.
  • Manter uma boa higiene bucal.

Como tratar sapinho na boca?

O tratamento do sapinho na boca envolve o uso de medicamentos antifúngicos para combater o fungo Candida albicans e a atuação de profissionais da odontologia é de extrema importância para a detecção e diagnóstico precoce.

Algumas opções de tratamento e orientações, são:

Medicamentos antifúngicos:

Encontra-se o antifúngico em forma de gel, solução ou creme para aplicar diretamente na boca do bebê, ou do paciente. Normalmente, o sapinho melhora em alguns dias após o início desse tratamento.

Higiene bucal: 

Além do tratamento com antifúngicos, é importante que os responsáveis se atentem na higiene adequada da boca do bebê. A higiene adequada ajudará a remores os resíduos de leite e do medicamento e, assim, diminuir as chances do crescimento do fungo.

Por isso, é importante que a paciente limpe a boca do bebê com uma gaze ou uma fralda de pano limpa umedecida em água morna após cada mamada.

Evitar compartilhar objetos: 

Para evitar a propagação do fungo, é válido que evite o compartilhamento de chupetas, mamadeiras ou outros objetos que possam entrar em contato com a saliva do bebê, uma vez que é contagioso.

Cuidado com a amamentação:

Se a paciente estiver amamentando e com sintomas de candidíase mamária (infecção por fungos nos mamilos), também será importante que o profissional a oriente para o tratamento adequado, pois a candidíase mamária pode ser transmitida para o bebê durante a amamentação.

Quanto tempo demora para curar o sapinho na boca?

O tempo necessário para a cura completa da candidíase oral varia e depende de vários fatores. A gravidade da infecção, idade do paciente, o sistema imunológico e a adesão ao tratamento prescrito são alguns exemplos que interferem no tempo de tratamento.

Em geral, em bebês saudáveis e pessoas com sistema imunológico menos afetado, o tratamento com os remédios antifúngicos produzem resultados eficientes em menos de uma semana, melhorando as manchas na boca e o desconforto ao se alimentar logo nos primeiros dias. Entretanto, pode levar até 15 dias para a cura completa em casos mais graves.

Dito isso, é essencial que o paciente siga o tratamento corretamente e por completo, mesmo que os sintomas desapareçam antes do término do medicamento prescrito, pois interrompê-lo antes do tempo recomendado favorece uma recorrência da infecção.

Nesses casos, o dentista ou médico deve prescrever o tratamento conforme necessário e acompanhar de perto o paciente, fazendo investigações adicionais para garantir uma recuperação completa.

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