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Josiane Codental

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Materiais odontológicos

Resina composta: saiba tudo sobre e como escolher!

Resina composta

Na prática odontológica a escolha da resina composta adequada desempenha um papel essencial na busca pela excelência estética e funcional em procedimentos.

Entretanto, a abundância de opções disponíveis acaba tornando o momento da escolha um desafio para os profissionais. 

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Portanto, este artigo busca explorar os principais fatores que os dentistas devem considerar ao escolher uma resina composta, visando obter bons resultados estéticos, durabilidade e satisfação, tanto para o profissional quanto para o paciente.

O que é resina composta?

A resina composta é um dos materiais odontológicos utilizados em procedimentos de restauração dentária para reparar ou substituir tecido dental danificado, ou perdido.

Elas são amplamente empregadas na odontologia estética, pois possuem como principal característica a capacidade de imitar a cor, textura e translucidez dos dentes naturais.

A denominação “composta” se deve a uma combinação de diferentes componentes. Dito isso, a composição típica inclui:

Matriz orgânica

Também chamada de matriz resinosa, se trata de uma estrutura formada pela união de monômeros, sendo os responsáveis pelas características estéticas da resina.

O principal monômero da matriz orgânica é o bisfenol-A glicidil metacrilato, também conhecido como BIG-GMA. Este, em conjunto com outros em menores proporções, formam os polímeros.

Além disso, substâncias como iniciadores, ativadores e modificadores de cor também são adicionados a esta composição.

Partículas de carga inorgânica:

A parte inorgânica é utilizada para otimizar as propriedades mecânicas/resistência da resina, e também a viscosidade. Os mais utilizados são:

  • Quartzo
  • Sílica coloidal
  • Vidro de fluorsilicato de alumínio

Devido a essa característica de alta viscosidade, quanto mais partículas, mais a estética fica prejudicada.

Agente de união:

Faz com que as partículas inorgânicas tenham adesão na partícula orgânica, sendo o Silano mais utilizado.

Iniciadores:

A resina composta pode ser quimicamente ativado ou fotopolimerizável, e são os iniciadores que irão desencadear essa reação.

Importante ressaltar que existe um comprimento de onda específico para a polimerização correta que seria de 470nm.

Classificação da resina composta: 

A resina composta tem diversas classificações com base em diferentes critérios, incluindo as propriedades físicas, composição, aplicação clínica e características estéticas. Algumas das classificações mais comuns, incluem:

Composição de partículas

  • Micropartículas: se caracterizam por maior lisura superficial, oferecendo ótimo acabamento e polimento.
  • Nanoparticuladas: Contêm nanopartículas, ou seja, partículas até 10 vezes menores que as micropartículas, para proporcionar excelente polimento e alta estética.
  • Micro-híbridas: consideradas uma evolução das resinas híbridas, estas contêm partículas de diferentes tamanhos, oferecendo uma combinação de estética e resistência, sendo indicada para dentes anteriores e posteriores.
  • Híbridas: Combinam partículas finas e grossas para uma boa resistência mecânica e propriedades estéticas.

Densidade e viscosidade

  • Resinas de baixa viscosidade: apresentam pouca carga, característica mais fluida, facilitando a aplicação em áreas de difícil acesso.
  • Média viscosidade: indicadas para dentes anteriores e posteriores, pois possuem escoamento e viscosidade média.
  • Resinas de alta densidade: contêm uma maior quantidade de partículas, oferecendo resistência adicional, baixo escoamento e alta viscosidade.

Tipo de ativação

  • Quimicamente ativadas: compostas por uma pasta ativadora com amina terciária e outra com peróxido de benzoíla, que, quando misturadas, reagem e se ativam quimicamente.
  • Fotopolimerizável: ativadas pela luz com o comprimento de onda correto. O iniciador utilizado nesse tipo de resina é a canforquinona.

Para que serve a resina composta?

A resina composta é uma ótima opção para situações de urgência, já que em uma única consulta é possível recuperar cor e forma dos dentes. Por isso, é indicada para vários procedimentos, dentre eles:

  • Reparo de restaurações
  • Restaurações estéticas
  • Facetas
  • Complementar no tratamento de bruxismo
  • Complementar no tratamento de sensibilidade dos dentes

Como escolher a melhor resina composta?

A escolha da melhor resina composta depende de diversos fatores, incluindo a aplicação específica, a preferência do dentista, as características clínicas do paciente e o orçamento disponível.

Sendo assim, alguns dos fatores a serem considerados ao escolher uma resina composta incluem:

Tipo de dente e localização: 

Como foi dito, as resinas compostas variam em termos de suas propriedades físicas e estéticas.

Portanto, para dentes anteriores são geralmente escolhidas resinas que oferecem melhores propriedades estéticas. Diferentemente da resina para dentes posteriores (molares e pré-molares), na qual a resistência à compressão e à abrasão pode ser mais crucial.

Cor e opacidade: 

A grande diversidade de cores e a opacidade da resina composta devem ser compatíveis com a cor natural dos dentes para garantir uma aparência estética.

Nesse caso, o dentista pode combinar diferentes cores de resinas compostas para atender às necessidades estéticas do paciente.

Manuseio e facilidade de polimerização:

Alguns dentistas preferem resinas compostas que oferecem um tempo de trabalho adequado para esculpir a restauração antes da polimerização. Além disso, características como a contração de polimerização devem ser consideradas para evitar problemas como infiltrações.

Resistência e durabilidade:

Para dentes posteriores sujeitos a forças mastigatórias intensas, é importante escolher uma resina composta com boa resistência e durabilidade.

Marca e pesquisa científica:

Algumas marcas se destacam pela qualidade de seus produtos e pela pesquisa científica que respalda suas resinas compostas. A escolha de uma marca confiável pode influenciar positivamente os resultados clínicos.

Custo:

O custo da resina composta também é um fator a ser considerado, pois o valor de uma resina composta pode variar de R$ 250,00 a R$ 1000,00. Sendo assim, o custo deve ser um fator conversado e acordado previamente entre o paciente e o profissional, para atender ambas expectativas.

Por fim, o profissional deve discutir esses fatores com o paciente, que poderá avaliar as necessidades específicas e recomendar a resina composta mais adequada para cada caso. Além disso, a evolução das tecnologias odontológicas pode resultar em novas opções de resinas compostas no mercado, então o dentista deve estar atualizado sobre as últimas inovações.

Quanto tempo dura uma resina composta?

Um dos pontos negativos de uma restauração feita por resina composta está na sua duração, uma vez que, outros tipos, como a porcelana, tem maior durabilidade, sendo a durabilidade de restaurações com resina composta uma duração entre 3 e 10 semanas.

Dentre os principais motivos da pouca durabilidade da resina, estão a infiltração por cárie dentária e fraturas. Apesar disso, alguns fatores podem auxiliar na maior durabilidade da resina, como:

  • Qualidade do material
  • Higiene oral adequada
  • Técnica utilizada pelo dentista
  • Extensão da restauração dental

Por isso, se faz necessário que o profissional avalie individualmente cada caso e oriente sobre a importância das consultas de manutenção frequentes.

Cores de resina composta mais usadas: 

As resinas compostas estão disponíveis em uma variedade de cores para atender à diversidade de tons dentais encontrados nos pacientes. Sendo assim, as cores mais usadas se baseiam, geralmente, no sistema de cores Vita, que é um padrão internacionalmente reconhecido para correspondência de cores dentárias.

O sistema Vita classifica as cores em categorias que vão desde A (mais clara) até D (mais escura), com subcategorias específicas.

Cores de resina composta
Cores de resina composta

As cores mais comuns e amplamente utilizadas em resinas compostas incluem:

  • A1: um tom claro comum em dentes clareados.
  • A2: utilizado em dentes posteriores de paciente com dentes claros ou que já fizeram clareamento.
  • A3: tom muito utilizado em dentes posteriores.
  • A4: cor mais escura, pouco utilizada, pois pacientes com dentes muito escuros geralmente recomenda-se clareamento.
  • B: Geralmente mais utilizado em dentes posteriores, pois possui tons mais médios e escuros.
  • C e D: Cores mais escuras, frequentemente usadas em dentes posteriores ou para criar gradiente de cores em dentes anteriores.

Essas são apenas categorias gerais, e dentro de cada categoria, existem nuances específicas que permitem uma correspondência mais precisa com a cor natural dos dentes do paciente, como A 3,5.

Por fim, em muitos casos o dentista pode combinar várias cores até encontrar a cor ideal para o resultado ficar o mais natural possível no sorriso de cada paciente.

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