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Josiane Codental

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Doenças odontológicas

Mau hálito: uma abordagem completa

mau hálito

O mau hálito, conhecido clinicamente como halitose, afeta muitas pessoas em todo o mundo.

Embora seja uma condição comum, o mau hálito tem impacto significativo na qualidade de vida do indivíduo, afetando sua autoestima, além de suas relações interpessoais.

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Além disso, o paciente não percebe o mau hálito, devido a mecanismos orgânicos que discorreremos abaixo.

Por fim, este artigo esclarecerá a origem, causa e tratamento do mau hálito, bem como consistirá em um guia orientador quanto a origem oral, ou do estômago, sobre halitose.

Qual a origem do mau hálito?

O mau hálito é uma condição caracterizada pelo odor desagradável proveniente da cavidade oral.

Embora sua origem seja uma questão duvidosa tanto para dentistas, como para pacientes, o mau cheiro é proveniente da cavidade oral, geralmente.

Logo, considera-se a língua como o local mais comum da origem do problema.

Isso se deve às características morfológicas da língua, onde seu revestimento consiste na existência de papilas, cuja função é levar informações ao cérebro acerca da identificação dos sabores dos alimentos.

Entre as papilas existem pequenas criptas que favorecem o acúmulo de restos alimentares, além de abrigarem restos epiteliais que descamam da língua.

Consequentemente, a existência dessas partículas nas criptas entre as papilas, servem de meio de cultura bacteriano, provocando assim, o mau hálito.

O que pode causar mau hálito?

Existem inúmeras causas possíveis para a halitose, dentre eles, fatores bucais e não bucais.

As causas mais comuns estão relacionadas à má higiene como, por exemplo: doenças periodontais, cáries, saburra lingual e infeções orais.

Por outro lado, as causas não bucais, associam-se a condições respiratórias, distúrbios gastrointestinais, medicamentos, dieta, tabagismo, e condições sistêmicas como diabete e insuficiência renal.

Mau hálito causado por doenças periodontais

O acúmulo bacteriano causador do tártaro e, consequentemente da doença periodontal, influência na ocorrência de mau hálito.

Isso se deve à presença do acúmulo de restos alimentares e salivares que, ao alterarem o pH do meio bucal, favorecem o surgimento da matriz bacteriana.

Com o crescimento desta matriz (o tártaro), na região cervical e interproximal dos dentes, ocorre a cascata inflamatória, aumentando assim, o volume bacteriano e consequentemente o mau hálito.

Contudo, a própria alteração do pH salivar e dos componentes oriundos deste, favorecem a incidência de halitose.

Mau hálito devido à Cárie dentária

Do mesmo modo que o mau hálito relaciona-se com o meio de cultura bacteriano, a cárie é proveniente da bactéria Streptococcus mutans presente no esmalte.

Logo, a presença deste agente etiológico é fator para a existência de mau hálito, além de contribuir para a piora deste estado.

Portanto, o tratamento restaurador, eliminando a presença das bactérias causadas pela cárie dentária, existe como agente remissivo do mau hálito.

Mau hálito causado por infecções orais

Os quadros inflamatórios que acometem a cavidade oral como a tonsilite, por exemplo, causam mau hálito.

Isso deve a presença de bactérias patógenas, que alteram a condição saudável deste meio, gerando assim, odores desagradáveis no meio bucal.

Consequentemente, o uso de medicamentos visando o reestabelecimento da microbiota saudável bucal, extingue o mau hálito, bem como seu odor desagradável.

Vale ressaltar que o uso de antibioticoterapia inibe a replicação bacteriana. Isso quer dizer que, ao mesmo tempo que elimina o patógeno, o faz com a microbiota saudável existente se altere.

Portanto, cuidados pós-tratamento para ideal reestabelecimento da flora bacteriana, diminui as chances de recidiva.

Mau hálito causado por saburra lingual

A língua possui diversas papilas gustativas, assim como foi dito acima. Além disso, as criptas papilares existentes, apresentam-se como depósitos de:

  • Restos alimentares;
  • Células epiteliais descamadas e
  • Placas bacterianas.

Diante da presença destes compostos, ocorre a fermentação destes, que começam a liberar odores de enxofre.

Logo, a saburra lingual, especialmente relacionada a hipossalivação, gera mau hálito e odores desagradáveis ao paciente.

Assim como ocorre a halitose na presença da saburra lingual, ao dormirmos, ocorre uma diminuição fisiológica natural da salivação.

Consequentemente a baixa produção salivar gera aumento na fermentação bucal, causando o comum mau cheiro pela manhã.

Xerostomia

A xerostomia tem etiologia na baixa produção salivar, contudo, está relacionada a fatores bucais, sistêmicos, medicamentosos, ou de ingestão hídrica.

Pacientes portadores de Síndrome de Down, por exemplo, pela própria condição, apresentam xerostomia característica da própria condição.

Logo, são mais susceptíveis a presença de mau hálito, requerendo maiores cuidados na manutenção da higiene oral.

Ademais, a administração de certos fármacos, causam xerostomia, propiciando a ocorrência de halitose.

Os problemas respiratórios causados em decorrência de inflamações e infecções, diminuem o fluxo salivar levando à xerostomia e ao odor desagradável da cavidade oral.

Por fim, e causa muito comum de mau hálito, a xerostomia originária da falta de ingestão de líquidos que, além de gerar a sensação de boca seca, propicia ao desenvolvimento de odores desagradáveis da cavidade bucal;

O cuidado requer a avaliação do especialista, onde, diante do diagnóstico adequado, orienta e adequa ao paciente o reestabelecimento saudável deste paciente.

Além disso, alguns casos diminuem ou regridem a halitose com a administração de saliva artificial, melhorando assim a qualidade de vida e interações sociais do paciente.

Mau hálito causado por má higiene

A mais comum causa de mau hálito no mundo relaciona-se com a higiene inadequada ou inexistente do paciente.

Isso se deve a falha ou falta de remoção de agentes causadores de fermentação bacteriana da parte do indivíduo.

O tratamento inclui medidas preventivas de promoção de saúde bucal, além de tratamentos mais invasivos como a remoção mecânica de placa bacteriana por ponta ultrassônica ou instrumentais de raspagem manual.

Também é aconselhado ao paciente o uso de enxaguante bucal, além do uso de fio dental, após as refeições, e ainda correta escovação.

Além disso, o profissional deve demonstrar e ensinar ao paciente a correta forma de escovação dental a fim da melhora acerca do autocuidado executado pelo paciente em casa.

Por fim, para que a má higiene deixe de ser o fator etiológico causador do mau hálito bucal do paciente, é de suma importância que o profissional conquiste a adesão deste, à prática correta de higiene oral a fim de evitar recidivas.

Mau hálito causado por fatores sistêmicos

Para tratar o mau hálito proveniente de patologias sistêmicas, o dentista deve incluir o paciente em cuidados multidisciplinares.

O trabalho em conjunto com o médico assistente, propicia o diagnóstico diferencial e atende a individualidade do quadro deste paciente.

Logo, tais medidas devem ofertar ao paciente melhora do quadro ou remissão dos sintomas incluindo melhora da qualidade de vida deste.

Como tratar o mau hálito?

O tratamento do mau hálito requer o diagnóstico do dentista.

Embora o mau hálito seja comum, alguns exames auxiliam na busca da causa e tratamento deste incomodo.

Alguns exemplos incluem os seguintes exames diagnósticos:

  1. Avaliação do odor exalado;
  2. A medição do fluxo salivar;
  3. A análise do hálito por cromatografia gasosa;
  4. Análise microbiológica mediante cultura da saliva e saburra lingual;
  5. Exames radiográficos e;
  6. Exames complementares para investigar causas sistêmicas.

É importante ressaltar que tratamentos caseiros sem a avaliação do dentista podem piorar o desconforto causado pelo mau hálito.

Além disso, a falta de diagnóstico pode inferir um tratamento inadequado ao paciente. Portanto, a consulta ao dentista para investigar as causas do mau hálito é essencial.

Por fim, vale ressaltar que a correta higiene bucal, contemplando a escovação, uso de fio dental e raspador de língua, diminui exponencialmente a existência de mau hálito no paciente, facilitando o diagnóstico diferencial caso haja presença de odores desagradáveis neste.

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