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Josiane Codental

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Tratamentos odontológicos

Leucoplasia: tudo que você precisa saber

leucoplasia

A leucoplasia é caracterizada pela aparição de manchas em diversas porções da cavidade oral. Por serem lesões assintomáticas (pacientes não relatam dor), as manchas muitas vezes não são notadas como incomuns pelo paciente, que pode acreditar ser algo normal. No entanto, como estas podem gerar complicações para a saúde, é função do profissional da odontologia oferecer o diagnóstico clínico da leucoplasia, solicitar exames laboratoriais, se necessário, e indicar os melhores tratamentos.

Sintomas

A leucoplasia consiste na aparição de manchas espessas na boca causadas por elevado grau de crescimento celular. As manchas se formam pelo excesso na multiplicação das células, ocasionando um espessamento na camada de queratina da cavidade da boca. Elas comumente possuem cor branca ou cinza e apresentam grande resistência, logo, não são removidas com limpeza ou raspagem. Estão normalmente localizadas na gengiva, no interior da bochecha, no palato (mole e duro) ou na língua. 

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A maioria dos casos de leucoplasia possuem tratamento consideravelmente simples através da prescrição de medicamentos. No entanto, existe uma pequena porcentagem de casos onde a condição das lesões é um sinal precoce de câncer de boca. Dentre os tipos de lesões encontrados, a leucoplasia (manchas brancas e cinzas) são menos preocupantes do que as eritroplasias (manchas vermelhas elevadas), dado que estas últimas são as que mais sugerem a possibilidade de ocorrência de câncer.

Fatores de risco

Os principais fatores de risco relacionados à leucoplasia são o tabagismo e o etilismo. Por isso, fumantes e usuários de tabaco mascável ou inalável são propensos a desenvolver a condição, assim como indivíduos que consomem alto teor de álcool frequentemente. Ainda, pessoas com dentaduras mal ajustadas ou de tamanho errado também podem desenvolver a leucoplasia.

O público de maior risco para a condição são aqueles com mais de quarenta anos e os portadores de doenças imunossupressoras, como o HIV (vírus da imunodeficiência humana) e a Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida). No caso do HIV e da Aids, dado que o sistema imunológico do paciente se encontra debilitado, pode haver uma maior incidência de casos de leucoplasia causado por vírus, como o Epstein-Barr. 

Leucoplasia pilosa

A leucoplasia pilosa é caracterizada pela infecção pelo vírus Epstein-Barr, um dos vírus da família herpes. Este é um microorganismo que naturalmente habita o organismo humano, porém encontra-se em sua forma latente. No entanto, em situações onde há uma instabilidade na imunidade, pode se multiplicar e causar a leucoplasia.

Diagnóstico da leucoplasia

O diagnóstico da leucoplasia é feito no consultório do dentista após realização de exame de rotina. Por isso, é fundamental que o dentista realize exame de mucosa oral. Caso já tenham sido descartadas outras possíveis causas e o quadro seja persistente, deve-se realizar a biópsia, exame laboratorial específico para a detecção de tumores malignos.

Câncer de boca

O câncer de boca é uma das neoplasias malignas mais frequentes com alta taxa de mortalidade, quando comparando com outros cânceres da cabeça e do pescoço. Por isso, o cirurgião-dentista deve estar sempre atento aos primeiros sinais da doença, como, por exemplo, a leucoplasia. O diagnóstico precoce permite maiores chances de cura e baixo custo social e econômico envolvido no tratamento. Além disso, aumenta também a taxa de sobrevida dos indivíduos e diminui a necessidade de cirurgias agressivas. 

Tratamento da leucoplasia

O tratamento da leucoplasia depende do grau de intensidade da lesão e o que a causou. O cirurgião dentista pode optar por duas vias para o tratamento da leucoplasia com medicamento: o sistêmico e o tópico.

Tratamento sistêmico

Quando a leucoplasia é originada por vírus, indica-se o tratamento sistêmico para eliminação do vírus. Este consiste na prescrição de um antiviral que impeça a propagação do vírus. Neste caso, recomendam-se medicamentos como valaciclovir ou fanciclovir. 

O valaciclovir se converte em aciclovir, contudo, por possuir uma biodisponibilidade maior, é indicado para o tratamento da leucoplasia. O fanciclovir, no que lhe concerne, se converte em penciclovir. Sua biodisponibilidade é maior que a do aciclovir e não apresenta efeitos adversos frequentes. 

Ainda, em conjunto com um dos medicamentos, pode ser também realizado o tratamento tópico, para haver ação conjunta dos medicamentos e tratamento mais eficaz.

Tratamento tópico

Em caso de manchas sem relação com infecção viral, o tratamento tópico pode ser o escolhido. Neste caso, recomenda-se a prescrição de medicamentos como podofilina ou ácido retinoico.

A podofilina é um medicamento utilizado para combater a multiplicação celular e promover sua destruição. Contudo, a dor, desconforto e alterações no paladar podem ser queixas dos pacientes. O ácido retinoico, no que lhe concerne, promove a descamação da camada basal celular.

Em casos mais graves, pode ser necessária a realização de intervenção cirúrgica para eliminação das placas. Nesses casos, sugere-se a intervenção pela cirurgia convencional, a eletrocauterização, o laser de alta potência ou a criocirurgia.

Vale ressaltar que indivíduos que tiveram leucoplasia possuem chances de reincidência, independente do tratamento realizado. Logo, o paciente deve, junto ao dentista, acompanhar o crescimento das lesões. Por isso um monitoramento deve ser feito três ou quatro vezes por ano.

Prevenção

A fim de evitar casos de leucoplasia, o dentista deve sugerir algumas medidas preventivas, como:

  • Evitar o uso de tabaco;
  • Evitar uso de álcool;
  • Melhorar alimentação;
  • Realizar corretamente a higiene oral.

O papel do cirurgião dentista na educação dos pacientes e fundamental para a identificação e tratamento precoce de diversas doenças, assim como a leucoplasia. 

Por ser uma condição recorrente, é necessário que o cirurgião dentista esteja sempre ciente do quadro de seu paciente. Com isso, é necessário o registro das consultas anteriores e posterior verificação pelo profissional da frequência na qual a leucoplasia está ocorrendo no paciente e, com isso, tomar as medidas que julgar necessárias, como a sugestão de exames laboratoriais.

Com essas medidas, o profissional dentista consegue realizar o melhor tratamento aos pacientes e promover saúde.

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