A resina composta é um dos materiais mais utilizados na odontologia para substituir a estrutura dentária. Pensando nisso, preparamos um artigo completo sobre as cores de resina para dentes. Confira!
Histórico da resina composta:
A resina composta surgiu da necessidade em substituir a estrutura dentária perdida e se aproximar da estética dental natural. Sua utilização na clínica odontológica diária se tornou bastante corriqueira, substituindo as restaurações metálicas de amálgama, que traziam um resultado estético insatisfatório.
![Aumente sua produtividade com o Codental](https://www.codental.com.br/blog/wp-content/uploads/2024/03/codental-aumente-sua-produtividade.jpg?v=1)
Foram muitos anos de pesquisa até se chegar nas resinas compostas. Dessa maneira, havia a necessidade de se criar um material que minimizasse as desvantagens da resina acrílica quimicamente ativada e das resinas epóxicas, tais como, alto coeficiente de expansão térmica, desgaste excessivo, descoloração e alta contração de polimerização.
Assim, as resinas compostas (ou fotopolimerizáveis) surgiram em meados dos anos 60, através dos resultados dos trabalhos de Bowen (1962). Basicamente, elas correspondem a monômeros e foto iniciadores, responsáveis pela reação de polimerização. Entretanto, há também os elementos ativadores e as cargas inorgânicas, um elemento de fundamental importância presente na constituição dessas resinas, visto que são os elementos responsáveis pelo desenvolvimento progressivo desses componentes odontológicos.
Em 1964, surgiu a primeira resina composta na forma de pó e líquido, a Advent da 3M. Já em 1969, a primeira resina composta na versão pasta/pasta, a Adaptic da Johnson & Johnson, que atualmente ainda é utilizada em alguns procedimentos.
Composição
A resina composta é, atualmente, o material mais utilizado na clínica odontológica para a substituição de estrutura dentária. Essas restaurações são formadas por 3 componentes: a matriz orgânica, a carga inorgânica e o agente de união. Ainda, a mistura resulta em um material com coloração bastante similar aos dentes.
As resinas são constituídas de uma matriz orgânica (Bis-Gma), um agente de união (silanos), partículas de carga (sílica, vidro de bário, zircônio/sílica) e agentes iniciadores da reação química (canforoquinona, peróxido de benzoíla).
Classificação das resinas compostas
As resinas compostas são classificadas pelo tamanho das partículas inorgânicas e sua porcentagem em volume. Dessa forma, podem ser macroparticuladas, microparticuladas, micro-híbridas e nanoparticuladas.
- Macroparticuladas: não estão mais presentes no mercado;
- Microparticuladas: apresentam tamanho médio das partículas de sílica coloidal, o que confere ao material maior lisura superficial, embora possua extensa área de superfície relativa, acarretando necessidade de abundância de matriz orgânica para molhamento;
- Micro-híbridas: misturam dois tipos diferentes de partículas, a sílica coloidal e partículas de vidro. São resinas universais, com utilização tanto em dentes anteriores quanto em posteriores;
- Nanoparticuladas: são resinas compostas com nanopartículas de sílica. São partículas 10 vezes menores do que as resinas microparticuladas. Possuem excelente polimento e brilho, além de alta propriedade mecânica.
Cores de resina para os dentes
A reprodução das cores de resina para os dentes é um grande desafio na área da estética dentária. Há diversos métodos para a determinação da cor na odontologia. Entretanto, o mais comum é a utilização de uma escala de cores, compostas por amostras representativas das médias das cores presentes na dentição humana, a escala Vita.
A escala Vita é baseada no matiz e croma, em que o matiz possui as nuances de A, B, C e D (castanho, amarelo, cinza e vermelho, respectivamente).
Já o croma se divide em 4 graus, variando de 1 a 4. Desta forma, o matiz A apresenta cinco intensidades cromáticas (A1, A2, A3, A3,5, A4), o matiz B e o C, apresentam-se com quatro (B1, B2, B3 e B4; C1, C2, C3 e C4) e o matiz D apresenta apenas três (D2, D3 e D4).
Como escolher a cor correta da resina
- Utilizar escalas de cor pré-fabricadas, como a escala Vita. Entretanto, lembre-se que a posição da paleta deve estar no mesmo eixo do dente. Sendo assim, a borda incisal da escala deve coincidir com a borda incisal do dente, já que essa região tem menos dentina e sendo mais translúcida.
- Escolher a cor da resina antes do isolamento absoluto. A escolha da cor deve ser feita antes do isolamento absoluto. Pois, os dentes isolados ficam desidratados e, consequentemente, ficam mais claros que os dentes normais.
- Separar o dente em terços (cervical, médio e incisal). Pois, cada região do dente tem diferentes colorações.
- Realiza-se de melhor forma a seleção de cor, sob luz natural.
- Para seleção da resina, o ideal é polimerizar o material na superfície vestibular do dente em pequenos incrementos, sem a necessidade de aplicação de ácido fosfórico.