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Josiane Codental

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Doenças odontológicas

Amigdalite: tudo que você precisa saber!

amigdalite

As amígdalas são glândulas linfoides que se localizam no fundo da garganta, tanto do lado direito quanto do lado esquerdo, que tem como principal função proteger o organismo contra vírus, bactérias e também contra possíveis patógenos de alimentos. Dito isso, por atuarem como uma barreira imunológica, acabam mais suscetíveis a processo infeccioso, sendo uma doença infecciosa denominada amigdalite.

A amigdalite tem como principais causas vírus e bactérias, sendo mais comum no inverno, e muito frequente na idade pediátrica.

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Pensando nisso, este artigo objetiva responder todas as dúvidas que cercam a amigdalite, como causas, sintomas, como identificá-las, tratamentos e muito mais. 

Qual a causa da amigdalite? 

Como foi dito, a amigdalite se trata de uma infecção que atinge as amídalas e tem duas principais causas, vírus ou bactérias 

A amigdalite viral é o tipo mais comum, sendo responsável por cerca de 80% dos casos, principalmente em crianças. Listando os principais vírus que causam essa infecção, tem-se:

Já a amigdalite bacteriana tem como principal agente o Streptococos Pyogenes, do grupo A, mas também existem casos causados pelo Streptococos dos grupos C e G. Esse tipo é considerado raro em crianças, principalmente menores de 3 anos, afetando mais jovens e adultos.

Em ambos, tanto a amigdalite viral quanto a bacteriana, a transmissão acontece ao compartilhar objetos pessoais que entram em contato com a boca e também por meio de gotículas expelidas por pessoas doentes ao tossir, beijar ou espirrar. 

Além disso, fatores como: tabagismo ou exposição secundária à fumaça do cigarro, mudança brusca de temperatura e exposição contínua ao ar condicionado, diminuem a imunidade, também contribuindo para surgimento da infecção da amígdala. 

Tipos de amigdalite:

Além da classificação relacionada aos agentes causadores, vírus ou bactérias, a infecção pode ser classificada também conforme a duração, sendo aguda ou crônica.

Amigdalite aguda: 

Quando os profissionais tratam de amigdalite aguda se referem a uma inflamação pontual, que caracteriza pela pequena duração, em torno de uma semana, com sintomas que evoluem rapidamente.

Esses sintomas incluem, além da dor de garganta, dificuldade ao engolir, mal-estar, prostração e dor de cabeça. 

Amigdalite crônica:

Já a amigdalite crônica também é conhecida como amigdalite de repetição ou recorrente, ou seja, quando a amígdala inflama diversas vezes ao longo do ano. 

Por fim, é importante ressaltar e orientar aos pacientes a diferença entre uma amígdala inflamada e o caseum.

Os cáseos amigdalianos são resíduos de alimentos que acabam ficando presos nas fendas presentes na amígdala, porém, não causam dor ou febre, apenas um possível incômodo. 

Quando a amigdalite é grave? 

Sendo muito comum em crianças, a amigdalite pode assustar muitas famílias. Porém, quando essa infecção é realmente grave?

Apesar de rara, a amigdalite pode ser um caso grave, principalmente, em casos de amigdalite por repetição. Isso acontece, pois nesses casos, podem surgir complicações nas quais as bactérias migram para outros tecidos, chegando, por exemplo, aos rins. 

Além disso, a inflamação pode causar febres altas, podendo gerar como consequência convulsão febril. 

Por tanto, em casos que os sintomas não desapareceram em 4 dias de tratamento ou febres muito altas, recomenda-se que o paciente procure o sistema de saúde mais próximo. 

Sintomas de amigdalite: 

Os sintomas de amigdalite têm uma pequena variação conforme a causa, ou seja, se trata de uma infecção por vírus ou bactérias. 

Ditos isso, os sintomas de amigdalite viral, incluem:

  • Febre baixa até 38,5°
  • Vermelhidão e hiperemia das amígdalas
  • Aumento dos linfonodos 
  • Mal-estar
  • Prostração

Já a amigdalite crônica ou de repetição apresenta sintomas, apesar de similares, mais fortes, como:

  • Febre mais alta em torno de 39°
  • Vermelhidão e inchaço das amígdalas
  • Dor ao engolir
  • Dor de ouvido
  • Placas brancas nas amígdalas 

Diagnóstico: 

O diagnóstico do tipo de amigdalite é uma etapa muito importante, uma vez que requerem tratamentos diferentes.

Muitas vezes o dentista, por estar em contato com a boca do paciente, pode se deparar com amigdalites e saber identificá-las é interessante para uma melhor orientação do paciente. 

Quando se fala de amigdalite viral ou crônica, uma das principais diferenças que podem ser detectadas pelo profissional a diagnosticá-las está na presença ou não de pus e aumento dos gânglios. Ou seja, um paciente com amigdalite viral chegará aos consultórios com os linfonodos maiores, sendo possível tocá-los.

Já na infecção bacteriana, ao analisar as amígdalas, o profissional conseguirá detectar o pus. 

Importante que além desses pontos, o dentista considere também os sintomas do paciente, para, por exemplo, não confundir o caseum com pus. 

Por fim, após diagnosticada a amigdalite, o dentista deve orientar o paciente na busca de um médico otorrinolaringologista.

Tratamento da amigdalite: 

Muitas vezes os pacientes não sabem diferenciar a infecção viral e bacteriana das amígdalas, fazendo o tratamento inadequado em cada uma das situações. 

Quando causada por vírus, nenhum antibiótico, obviamente, irá resolver a infecção e, quando utilizado nesses casos, pode até mesmo criar uma resistência bacteriana no paciente. Dito isso, em caso de amigdalite viral recomenda-se uso de analgésicos e anti-inflamatórios simples.

Já em casos de infecções bacterianas o uso de antibióticos se faz necessário.

Esse tratamento requer muita atenção e disciplina por parte do paciente, pois suspendê-lo precocemente, mesmo quando alguns sintomas já desapareceram, pode causar graves complicações, além da resistência bacteriana, como febre reumática e inflamação dos rins.

Além disso, mesmo não sendo uma infecção, muitos dentistas podem se deparar com casos de caseum amigdaliano, e o tratamento e prevenção nesse caso se baseia em gargarejos frequentes com enxaguantes bucais ou água morna com sal.

O que fazer para aliviar a amigdalite? 

Como o tratamento leva alguns dias, existem cuidados que o profissional pode orientar ao paciente para aliviar os sintomas da infecção e acelerar a recuperação, por exemplo: 

  • Comer alimentos pastosos: ajudam a aliviar o desconforto na garganta e a dor ao engolir;
  • Acrescentar alimentos ricos em vitamina C na dieta: alimentos como limão, laranja e acerola possuem ação antioxidante que melhoram o sistema imunológico do paciente
  • Gargarejo com água morna e sal: além de ajudar a aliviar a dor na garganta, esse gargarejo tem efeito anti-inflamatório

Portanto, com uma leve mudança na alimentação e realizando gargarejos sempre que possível, o paciente terá uma melhora nos sintomas e um tratamento mais rápido.

Quando se recomenda a cirurgia de retirada das amígdalas? 

Por ser um órgão de defesa muito importante ao organismo, a recomendação da amigdalectomia deve ser feita com cautela e acontece principalmente em casos:

  • Quando as amígdalas do paciente são grandes desde o nascimento e, por isso, atrapalham a respiração e causam ronco;
  • Em casos que o paciente apresenta cáseos amigdalianos e não resolveu com uso de enxaguante bucais;
  • Quando paciente tem 3 a 4 episódios de amigdalite bacteriana em um ano;

É válido que o profissional responsável oriente que, mesmo sem as amígdalas, o paciente pode ainda apresentar dores na garganta, uma vez que podem ocorrer laringites e faringites. 

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