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Tratamentos odontológicos

Tipos de enxerto ósseo para implantes dentários: confira!

enxerto osseo

Publicado por

Juliana Costa

A reabilitação oral por meio de implantes dentários é uma das soluções mais eficazes e estéticas na odontologia atual. No entanto, para que o procedimento tenha sucesso, é essencial que o paciente apresente uma quantidade e qualidade óssea adequadas.

Todavia, quando essa condição não é atendida, o enxerto ósseo se torna uma etapa indispensável no planejamento cirúrgico.

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Neste artigo, vamos explorar todos os tipos de enxerto ósseo utilizados na implantodontia, com uma abordagem técnica e prática voltada para o dentista. Portanto, entenda as indicações, vantagens, desvantagens, técnicas cirúrgicas e cuidados associados a cada tipo de enxerto. Confira!

O que é enxerto ósseo?

O enxerto ósseo é um procedimento cirúrgico que visa reconstruir ou aumentar o volume do osso alveolar. Dessa forma, essa intervenção permite a instalação segura de implantes dentários, oferecendo estabilidade e longevidade ao tratamento. Além disso, o enxerto pode ser necessário em casos de:

  • Reabsorção óssea após extrações dentárias
  • Traumas ou fraturas
  • Doenças periodontais avançadas
  • Atrofia óssea em pacientes edêntulos
  • Falhas em implantes anteriores

Classificação dos enxertos ósseos

Os enxertos ósseos podem ser classificados conforme a origem do material e a forma de atuação no organismo. Sendo assim, a seguir, detalharemos os principais tipos:

1. Enxerto Autógeno (Autólogo)

Origem: utilização do osso do próprio paciente.

Locais doadores comuns:

  • Intraorais: os locais mais comuns são o mento, ramo mandibular, tuberosidade maxilar.
  • Extraorais: além dos intraorais temos a crista ilíaca, calvaria – em casos mais extensos.

Vantagens:

  • Alto potencial osteogênico, osteoindutor e osteocondutor.
  • Baixo risco de rejeição.
  • Integração rápida ao leito receptor.

Desvantagens:

  • Necessidade de um segundo sítio cirúrgico.
  • Maior morbidade pós-operatória.
  • Tempo cirúrgico prolongado.

Indicações:

  • Defeitos ósseos extensos.
  • Regeneração vertical ou horizontal em maxila e mandíbula.
  • Casos onde se exige maior previsibilidade biológica.

Técnicas associadas: bloqueio cortical, particulado, combinação com membranas de PTFE ou colágeno.

2. Enxerto Alógeno (Homólogo)

Origem: utiliza-se o osso humano de doadores, proveniente de bancos de tecidos ósseos.

Formas disponíveis:

  • Congelado, liofilizado, desmineralizado.

Vantagens:

  • Elimina a necessidade de uma área doadora.
  • Reduz tempo operatório.
  • Boa capacidade osteocondutora, principalmente os desmineralizados.

Desvantagens:

  • Risco teórico de transmissão de doenças, embora muito baixo com protocolos modernos.
  • Menor potencial osteoindutor do que enxertos autógenos.
  • Possível reabsorção precoce.

Indicações:

  • Aumento de rebordo alveolar.
  • Sinus lift.
  • Reconstruções ósseas moderadas.

Observação importante: é muito importante ressaltar que a legislação brasileira ainda impõe algumas restrições quanto à manipulação e comercialização desses materiais, sendo importante verificar as normas vigentes da ANVISA.

3. Enxerto Xenógeno

Origem: são utilizadas espécies diferentes da humana, geralmente de origem bovina ou suína.

Exemplos comerciais: Bio-Oss®, GenOx®, Endobon®.

Vantagens:

  • Possui alta disponibilidade comercial.
  • Biocompatibilidade elevada após processamento.
  • Boa estabilidade volumétrica.
  • Atividade osteocondutora eficaz.

Desvantagens:

  • Potencial limitado de reabsorção. Sendo assim, o enxerto permanece por longos períodos.
  • Não apresenta atividade osteoindutora ou osteogênica.
  • Pode haver resposta inflamatória em alguns pacientes.

Indicações:

  • Sinus lift (levante de seio maxilar).
  • Aumento de rebordo alveolar leve a moderado.
  • Preenchimento de alvéolos pós-extração.

4. Enxerto Aloplástico (Sintético)

Origem: utilizam-se materiais sintéticos, como fosfato de cálcio, hidroxiapatita, β-tricálcio fosfato (β-TCP), vidro bioativo.

Exemplos comerciais: Cerasorb®, Osteon®, PerioGlas®.

Vantagens:

  • Não possui risco de transmissão de doenças.
  • Alta disponibilidade e controle de qualidade.
  • Alguns possuem propriedades osteo indutoras, dependendo da sua formulação.

Desvantagens:

  • Integração óssea pode ser mais lenta.
  • Alguns materiais não reabsorvem completamente.
  • Menor previsibilidade em grandes reconstruções.

Indicações:

  • Regeneração óssea guiada (ROG).
  • Pequenos defeitos ósseos.
  • Muito utilizado em situações em que o paciente rejeita materiais biológicos.

Qual o melhor tipo de enxerto para cada caso?

Não existe um tipo de enxerto “universal” para todos os pacientes. Dessa forma, o cirurgião-dentista deve considerar:

  • Volume ósseo necessário
  • Tempo de reabilitação desejado
  • Condições sistêmicas do paciente
  • Preferência quanto à origem do material
  • Orçamento e custo-benefício

Em muitos casos, a combinação de materiais, como o autógeno + xenógeno, pode ser a melhor alternativa, unindo a biologia do osso do paciente com a estabilidade volumétrica dos substitutos.

Técnicas cirúrgicas associadas

Os enxertos ósseos podem ser utilizados com diferentes abordagens, como:

  • Regeneração óssea guiada (ROG): uso de membranas para isolar o defeito ósseo e favorecer a neoformação.
  • Técnica de envelope: introdução de enxerto particulado entre osso e periósteo.
  • Split crest: expansão do rebordo para inserção de implantes imediatos.
  • Técnica de bloco: uso de enxerto cortical fixado com parafusos.
  • Sinus lift (aberto ou fechado): elevação do assoalho do seio maxilar para permitir instalação de implantes.

Cuidados pré e pós-operatórios

Alguns cuidados devem ser levados em consideração antes e depois do paciente se expor a cirurgia. Dessa maneira, algumas recomendações devem ser repassadas e realizadas com os pacientes, como:

Antes da cirurgia:

Para garantir a segurança e o sucesso desse tipo de procedimento odontológico, é fundamental iniciar com uma avaliação clínica e tomográfica minuciosa. Sendo assim, se permite o mapeamento preciso das estruturas anatômicas, a identificação de alterações patológicas e um planejamento cirúrgico mais seguro.

Além disso, o controle de fatores sistêmicos como o diabetes mellitus, o tabagismo e outras condições de saúde é indispensável. Entretanto, uma vez que esses fatores podem comprometer a cicatrização, aumentar o risco de infecções e interferir diretamente nos resultados do tratamento.

Todavia, a profilaxia antibiótica, quando indicada, deve ser utilizada de forma criteriosa, respeitando protocolos atualizados e considerando situações específicas como imunossupressão ou cirurgias de maior complexidade. Dessa maneira, visa-se reduzir complicações pós-operatórias sem contribuir para a resistência bacteriana.

Depois da cirurgia:

Após o procedimento, é essencial garantir o controle da dor e da inflamação por meio do uso adequado de analgésicos e anti-inflamatórios, conforme a necessidade de cada caso.

Além disso, para prevenir infecções e promover uma boa cicatrização. Sendo assim, deve-se manter uma higiene oral rigorosa, utilizando antissépticos recomendados pelo cirurgião-dentista.

No entanto, o acompanhamento periódico é indispensável para avaliar a reabsorção óssea e a integração dos tecidos, permitindo intervenções precoces, se necessário. Além disso, é crucial evitar cargas mastigatórias na área enxertada durante o período de cicatrização, a fim de preservar a estabilidade e o sucesso do enxerto.

Tendências e inovações em enxertos ósseos

A implantodontia segue avançando com novas biotecnologias. Dessa maneira, algumas abordagens utilizadas são:

  • Plasma rico em fibrina (PRF): acelera a cicatrização e estimula angiogênese.
  • Fatores de crescimento recombinantes (ex: BMP-2): aumentam a indução óssea.
  • Impressão 3D de scaffolds personalizados: melhora a adaptação anatômica.
  • Enxertos com células-tronco: pesquisa promissora para regeneração acelerada.

Essas abordagens continuam em processo de regulamentação e validação, mas prometem revolucionar a previsibilidade dos enxertos ósseos no futuro.

Concluindo, o enxerto ósseo é um recurso essencial para o sucesso dos implantes dentários em pacientes com deficiência óssea. Sendo assim, o conhecimento profundo sobre os tipos de enxertos, suas indicações e limitações permite ao cirurgião-dentista realizar planejamentos mais assertivos e tratamentos com maior taxa de sucesso.

No entanto, a escolha do tipo de enxerto ideal deve ser feita com base em critérios clínicos, anatômicos, biológicos e financeiros, sempre priorizando a segurança e a previsibilidade do procedimento.

Portanto, manter-se atualizado sobre os avanços da área e as novas opções disponíveis no mercado é essencial para oferecer o melhor aos seus pacientes.

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